domingo, 7 de novembro de 2010

Inércia

Cansada de estar sempre em situações monótonas,revelando meus prazeres num contato de olhar pelo espelho.
Retribuindo sonhos da vida real,pensando severamente sobre brincadeiras inúteis.Pessoas falam mais eu não escuto!
Eu choro e não sinto as lágrimas escorrerem.E é quando um amor me trai,que deixo perceber um véu escuro me salvando,
pensando que aquela é a minha chance pra morrer!A sinfonia perdida num arranhar de sapatos pelo chão e a porta rangendo
não me traz soluções.O sal do mar e o doce da tua boca ja não sinto!
Inerte procuro por pesares que ja tenho e contribuo para bens que só me farão mal!
De oportunidades sou comtemplada, mas não sei aproveitá-las!
Lobos mordendo-me os lábios e eu já não sinto o gosto de sangue.Vidas se acabando á minha frente e eu morrendo
por não desejar praticar nenhuma ação! Sentada a frente de um violão não toco suas cordas,sinto um chiclete em minha boca
e não consigo mascá-lo, sou simplesmente interrompida por demônios que eu mesmo crio dentro de mim!
Estou presa em pesadelos que me trarão sonhos embutidos! Sonhos reais por dentro dos sonhos imaginários.
Não abro caixotes para não me perder com a quantidade de recordações que guardam as páginas meio rasgadas de tragédias
felizes!
Tudo acaba bem quando se queima um cérebro de papel,
aprendo a cada dia a queimar um pedaço do meu!
Minhas células não estão mais tão mortas e minhas mãos não estão travadas!
Sou uma pensadora do nada reconstruindo o tudo novamente.