sábado, 18 de dezembro de 2010

Grotesco II

Quando te vi tudo ficou gélido, parei imersa em meus pensamentos e imaginei por dois segundos que deveria sair dali, por mais um sentei-me ao seu lado e destaquei um diálogo longo e casual para assegurar a minha vontade de estar naquele lugar. Baixei os olhos e rubriquei seu nome em minha mente, era ele que eu queria; aquele homem.
Logo quando saí já havia te dado todas as pistas para me encontrar, e naquela noite chuvosa, em meio à praça vazia e fria nos beijamos. Foi tudo maravilhoso e ‘Grotesco’, um gigante armado com pétalas e chumbo me amarra e põe-me nos braços. Tudo azul, ou, tudo ‘dark’ do jeito que eu gosto.
Tu és o que está imerso em meus pensamentos e imaginarei por dois segundos que devo sair daqui, por mais um sentarei ao seu lado e destacarei um solilóquio de dois. O nosso diálogo longo e formal que só nós entendemos, para assegurar a nossa vontade de estar naquele lugar por muito e muito tempo. Não baixarei os olhos e meu campo de visão irá rubricar seu nome em minha mente, é tu quem eu quero, e isso é grotesco.

Grotesco

Ontem conheci uma ‘grotesca’ figura, mas uma desfiguração de seu ser me instigou à perversão, uma pessoa-criatura que não nivela seus instintos nem abandona os seus espiritualismos. Alguém que com quase certeza não olharei mais nos olhos; mas absolutamente esta amarga língua virá atrás de mim em meus pensamentos, e com um viço me olhará por inteiro e imaginará a minha utopia; sendo assim quero a mais pura piedade, desejo que tenha clemência a mim... Que o conhecimento se transfira entrementes.